Paralela Mente - Listverse: 10 livros notoriamente controversos, parte 2

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Boa tarde, gente bonita!

Voltei. Como passaram a última semana? E a penúltima? Bem, eu espero. A minha última e penúltima foram bem corridas, mexendo com arrumação de festas etc. Uma lou-cura. Mas foi tudo bão, muito bão. Comi salgadinho e brigadeiro até. E hoje estou aqui de volta com o quê, o quê, o quê?



Com a segunda parte da quase-nossa lista de 10 livros notoriamente controversos. Trazemos no Paralela Mente de hoje a segunda e última parte da lista, com mais 5 livros que piraram o cabeção de muita gente. Vamos conferir? Então vamos.


5. If I Did it: Confessions of a killer

"Se tivesse sido eu: confissões de um assassino", em tradução livre.
O. J. Simpson deveria ter ficado no anonimato por um pouco mais de tempo. Ele não teria entrado para a lista se o livro não tivesse sido impresso, mas cerca de 400.000 cópias foram.

É difícil saber quantas foram destruídas, se é que alguma foi, mas quando o livro foi anunciado, em novembro de 2006, uma controvérsia tamanha começou que a distribuidora teve que afastá-lo da imprensa rapidamente. Em agosto do ano seguinte, a família Goldman recebeu os direitos autorais do livro, como reembolso pela ação judicial que Simpson nunca pagou.

Judith Regan, a editora, diz que considera a descrição “hipotética” do cenário de Simpson tão perfeita e imaculada que é tão boa quanto a verdadeira confissão.

A premissa do livro é bem estúpida, dado que Simpson jura que não foi ele. Ele conta o caso dizendo que, embora não tenha sido ele, aquela seria a forma como ele poderia ter feito. Nada inteligente.

Depois que os planos originais dele para o livro, como forma de fazer algum dinheiro, foram cancelados, a família Goldman adquiriu os direitos e contratou um escritor fantasma para publicá-lo. Uma leitura nada má, mesmo.

(Foi ele.)

4. O Príncipe


A obra prima de Nicolau Maquiavel ganhou uma reputação podre pelos séculos por advogar a tirania. Maquiavel argui que o melhor governante é aquele que as pessoas amam. Tal governante é quase impossível existir. Mas muito próximo a isso é aquele governante que as pessoas temem. Existiram muitos desses.

O livro é mais filosofia do que política, e ele defende a ideia da autossuficiência. Mas isso pode ser facilmente entendido como “não ajude ninguém, porque as pessoas devem ajudar a si mesmas”. Autossuficiência é um dos princípios fundamentais da Igreja de Satan, e é essa a comparação que os detratores deste livro rotineiramente fazem.

No geral, os detratores repudiam-no porque parece um método muito eficiente para se criar um tirano corrupto.

3. O Manifesto Comunista


Karl Marx deveria ter sido censurado, não por sua natureza controversa, mas por ter escrito o livro mais entediante da hitória. Sua ideia veio de uma observação de que toda a discórdia da humanidade, desde o começo da nossa história até agora, era causada por conflitos de classes.

Ele, por isso, procurou abolir as classes sociais e estabelecer um sistema de governo no qual não haveria melhores nem piores, apenas pessoas iguais, que receberiam o mesmo tanto por qualquer trabalho que fizessem, fossem quais fossem, de presidente a pedreiro. Todos receberiam o mesmo tipo de comida, na mesma quantidade, o mesmo tipo de carro, casa, tudo.

Infelizmente, não é assim que as coisas funcionam. Alguém sempre quer mais ou melhor. Na verdade, todo mundo quer. O livro foi visto como polo oposto da democracia, não por causa de sua filosofia, mas por ter sido aproveitado e defendido pela União Soviética, que os Estados Unidos repugnaram profundamente durante a Guerra Fria.

2. O Alcorão


Alguns fatos que talvez você não sabia. Os muçulmanos acreditam que o Alcorão é a fala divina de Deus, revelada pelo arcanjo Gabriel para Maomé, de aproximadamente 610 a 632 antes de Cristo. Eles o consideram como o primeiro milagre que prova que Maomé é de fato o maior profeta de todos.

Os Muçulmanos também reverenciam Moisés e Jesus, mas não consideram que Jesus era divino. Cristãos ao redor do mundo que não são particularmente educados sobre o livro consideram-no a coisa mais próxima ao Diabo que qualquer um provavelmente verá até o Armagedom.

A maioria desses Cristãos (e existem outras denominações e religiões envolvidas em repudiar o livro) acreditam que o Alcorão instrui seus seguidores a amarrarem dinamite e explosivos C4 no corpo, e irem matar infiéis (judeus e cristãos) para irem para o paraíso e serem recompensados com 72 virgens de cabelos negros.

O problema é que a palavra para “virgens” é “houri”, que tem inúmeros significados. Ela pode significar nada mais do que "anjos", sugerindo que 72 anjos vão cuidar dos falecidos  no paraíso, e “cuidar” não necessariamente quer dizer manter relação sexual.

A maioria dos Muçulmanos acreditam nas 72 virgens da mesma forma que a maioria dos cristãos acreditam que vão ser providos com harpas, asas e caminhar em nuvens.

Mas as organizações terroristas dedicadas ao ódio a judeus e cristãos ensinam a seus aprendizes iliteratos  que suicídios e bombardeios a infiéis são o caminho para o paraíso. Não há nada disso escrito em qualquer lugar no Alcorão. Ele é um livro bastante pacífico, que prega a compreensão e a aceitação dos três maiores monoteísmos.

1. A Bíblia Sagrada


Nenhum livro foi mais publicado, mais traduzido, interpretado ou mal-interpretado do que a Bíblia sagrada judia-cristã. Ela tem mais cópias em circulação do que qualquer outro livro, e é presente em parte ou por completo em cerca de 2400 das cerca de 6900 linguagens do mundo.

Ela é o campo de batalha de mais debates furiosos do que qualquer outro livro na história, e é o guia para cristãos, ateus, deístas, até judeus e mussulmanos. Se você vai convencer um cristão de que ele está errado, você precisa usar o livro dele pra fazer isso.

Ateus, em particular, tratam do  livro com extremo ódio, pois ele descreve Deus como particularmente impiedoso, cruel, bárbaro (Antigo Testamento) e depois como farisaico e mágico (Novo Testamento). Logicamente falando, dizem eles, a Bíblia é sua própria pior inimiga, porque ela aparece notoriamente ambígua em algumas partes.

Ela é o centro da autoridade em questões sobre direitos dos gays, casamento gay, aborto, até sobre a própria natureza da democracia. Os Pais Fundadores dos Estados Unidos usaram-na como seu modelo primário para escrever a Constituição.

Nem mesmo o debate mais secular sobre moralidade pode escapar dela. Antes da Bíblia, filósofos tipicamente citavam Aristóteles, Platão, Sócrates, Confúcio, Sidartha, etc. Depois da Bíblia, até os filósofos ateus mais veementes citam a Bíblia mais do que qualquer outra fonte de filosofia quando tentam provar ou desprovar qualquer um de seus pontos.

Alguns até discutem que todas as guerras do mundo foram causadas por ela.
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E é isso, amiguinhos. O que acharam da lista? Já leu algum livro controverso que não está nela, ou gostaria de compartilhar alguma história intrigante que você já tenha lido? Basta deixar um comentário nos contando a sua experiência!

E eu vou ficando por aqui. Volto logo mais. Agora vou dar um jeito de entrar na geladeira porque esse calor tá demais. Um beijo pra todo mundo e fiquem com Deus, pra quem acredita Nele, ou com Richard Dawkins pra quem não acredita. 

Até breve!

10 livros notoriamente controversos é uma tradução exclusiva do Escolhendo Livros deste artigo do Listverse
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