Jogos Dignos de Um Livro: "Phoenix Wright: Ace Attorney", por Trinta.

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Fonte: Gaming Talk
Os casos de Law & Order que me desculpem, mas no meu hall da fama dos advogados fictícios, é um rapaz de cabelo espetado e terninho azul frufru que sobe no primeiro lugar do pódio. Descrevo aqui Phoenix Wright, o charmoso protagonista da franquia japonesa Ace Attorney (Gyakuten Saiban 逆転裁判), um dos meus jogos favoritos dentre todos os consoles portáteis da Nintendo (Com títulos lançados no Game Boy Advance, Nintendo DS e, futuramente, no 3DS). Repleto de casos enigmáticos, twists excitantes e personagens MUITO, mas MUITO engraçados, Ace Attorney é a prova que até um videogame de jogos majoritariamente casuais pode ter surpresas para as mentes mais aguçadas. Pois é, minha gente, portátil da Nintendo já deixou de ser só para jogar Pokémon há muito tempo.

Phoenix Wright sendo lindo.
Fonte: Ace Attorney Wikia
Quando comecei a jogar Phoenix Wright: Ace Attorney, o primeiro título da série, lembro de achar o mote do jogo bem simples: O player assume o papel de um advogado de defesa iniciante que precisa inocentar os seus clientes e descobrir o verdadeiro culpado de cada um dos crimes que enfrenta nos tribunais. Para te ajudar durante o seu primeiro caso, você tem uma mentora, Mia Fey, a qual te guiará durante o processo, ensinando a pressionar as testemunhas, apresentar evidências e analisar as pistas. Logo em sua estréia como advogado, Phoenix Wright precisa defender seu melhor amigo do colégio, Larry Butz, um daqueles caras azarados que sempre leva a culpa das coisas (com razão às vezes). O imbecil... Quer dizer, réu é acusado de matar sua namorada, Cindy Stone, por teoricamente ter visitado o apartamento dela na exata hora do crime.
Porém, não é a aparente simplicidade que melhor caracteriza o game. A medida que vamos pegando a manha da jogabilidade, percebemos o quanto os quebra-cabeças propostos por cada caso são muito bem pensados, nos obrigando a sempre matutar uma solução das maneiras mais absurdas (ou às vezes, descaradas) possíveis. Mais do que isso: O criador da série, Shu Takami, conseguiu tornar um jogo de texto (a grosso modo, o jogador passa 99% do tempo apenas lendo textos e escolhendo as opções certas) uma experiência dinâmica e empolgante, o que sempre foi um desafio para os jogos do gênero.

Apontar um dos atalhos escolhidos para evitar este problema é fácil para qualquer fã da série: O roteiro impecável. O timing cômico de Takami é tão inteligente que não tem como não jogar Ace Attorney sem soltar uma risada aqui e ali, se apaixonando por cada um dos personagens sem fazer esforços. Seja o irônico Phoenix Wright, a fofa Maya Fey (irmã da Mia), o poderoso advogado de acusação Miles Edgeworth, o bobo detetive Gumshoe, as bizarras e incontáveis testemunhas ou até o próprio Juiz, que sempre solta umas sacadas clássicas. São tantos presentes para o nosso coraçãozinho de jogador que eu vos falo, com toda a sinceridade, que eu nunca joguei um título que me passasse tanto "calor humano". Sabe quando você sente que algo foi feito com carinho? Eu tenho plena certeza que Ace Attorney é a obra da vida de Takami.

Infelizmente, por não ser um jogo de muito apelo comercial (vai entender o porque das pessoas não gostarem de um material de qualidade como esse), o novo jogo da franquia feito para Nintendo 3DS não será disponibilizado fisicamente nos Estados Unidos e, muito menos, no Brasil. Eu até entendo que a nova onda de comprar jogos na nuvem ajude a não termos mais esse problema de distribuição. Mas admito que este seria um jogo que eu faria questão de ter na minha estante.

Para dar um gostinho desta delícia chamada Ace Attorney, preparei dois momentos bem engraçados e marcantes da saga. Um conjunto de gags que só um jogo desta série maravilhosa tem.




A promíscua  vendedora de marmitas (?) Angel Starr 
fonte: firetooth


 

Aquele momento que a sua estratégia de defesa é um tanto... Awkward.
Fonte: kimmygawa

Ainda está com dúvidas se deve jogar ou não? Vai logo baixar um emulador e um rom do jogo comprar um Nintendo DS e uma cópia do jogo, meu filho!





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