(Livro resenhado através da leitura da versão original em inglês.)
A expectativa pela sequência de Divergente era tão grande que eu não fiquei nem um pouco surpreso quando um site como o Goodreads colocou Insurgente como um dos livros mais esperados de 2012. É, depois de um debut instigante e cheio de gás, Veronica Roth sabia que ela precisaria arregaçar as mangas para continuar a saga sem parecer ter tido apenas uma "sorte de principiante". E depois de conquistar uma bela legião de fãs, ganhar contrato para um filme em 2014, sofrer comparações com The Hunger Games e atingir um sucesso incomum para uma autora tão nova (Ufa! Mas quantas conquistas, meu pai!), a criadora de uma das distopias mais comentadas do momento precisa agora mostrar que ela pode responder todas as perguntas sem pestanejar.Não há mais para onde fugir... A guerra entre as facções está logo além do horizonte e Tris Prior precisa mostrar que ser Divergente é carregar o fogo da revolução.
Ele está morto. E seus cabelos loiros esfarelados, sua sagacidade típica de um nascido na Erudição e seu sorriso carinhoso também haviam partido junto com ele, como se nunca tivessem existido. Dentro da consciência de Tris Prior, o peso da morte de Will deveria ser relevado devido as circunstâncias, mas ainda assim, a culpa assombra a profundeza de seus pensamentos. Tudo por causa daquele dia. Após Beatrice Prior e Tobias Eaton conseguirem parar o transmissor de lavagem cerebral criado pela fria líder Erudita Jeanine Matthews, os sobreviventes do ataque se relocaram para a Amizade, um território até então livre da guerra das facções. Entretanto, acreditar que os planos dos Eruditos chegaram ao fim seria muita ingenuidade e Tris Prior precisará reunir sua coragem da Audácia, sua esperteza Erudita e a preocupação da Abnegação para se entregar em uma batalha que está longe do seu fim.
Há um fato que acredito que todos nós, como fãs da série Divergent, sabíamos que aconteceria nesse livro - O começo da revolução. Não é à toa que o próprio termo insurgente, para os que não sabem, significa "uma pessoa que se insurge ou insurgiu. Um rebelde insubordinado a um sistema", referência clara a personagem de Tris (Ou melhor, a todos os personagens divergentes da trama - Tobias, Uriah, etc). Mas para isso, Veronica precisava terminar de amarrar o universo da trama, o que fez de boa parte desta sequência uma volta as apresentações mais detalhadas das facções, neste caso, voltadas mais para a pacífica Amizade (Amity) e a rígida Franqueza (Candor). Acredito que muita gente pararia agora de ler e perguntaria - "Espera, então quer dizer que o livro desacelerou o ritmo? Poxa! Mas e o tal do clima de revolta? EU QUERO VER SANGUE!" - e eu, bem, eu teria que devolver um - "Sim, ela deu uma singela diminuída na velocidade, mas foi um artifício necessário." Acredite se quiser, mas Roth conseguiu inserir as duas facções dentro da guerra de uma forma inteligente e cheia de twists, deixando Insurgente mais alucinante e entupido de momentos OMG! do que sua predecessor.
Em um primeiro momento, temos uma Tris fragilizada, incapaz até de pegar em uma arma sem pensar em Will. Cristina não consegue nem olhar para sua cara e Tobias sente que a nossa querida protagonista parece estar fora do alcance, perdida dentro de seus próprios demônios. Só que dentro da Amizade, Tris descobrirá que existe um segredo, uma verdade selada e desconhecida por toda as cinco facções... E apenas Marcus Eaton, o nada-confiável líder de Abnegação e pai de Tobias (Se é que podemos dar para ele o mérito disso...) tem uma ideia de como desvendá-lo. Isso é, se é que se pode confiar em seus intuitos... E é bem aqui que eu abro um parênteses interessante sobre o livro: Dessa vez, conhecemos com muito mais propriedade os líderes das facções; o próprio Marcus Eaton, a doce representante da Amizade Johanna Reyes (A facção é comandada por uma democracia igualitária. As dimensões políticas de Divergente são fascinantes!) e o justo, porém ácido Jack Kang (De longe o meu preferido. A filosofia Candor me atinge de uma forma que eu não consigo nem explicar.). E claro, Jeanine Matthews ganha ainda mais destaque, sendo uma presença constante (e muito bem-vinda) no livro. Neste ponto, taxá-la de vilã seria uma ofensa a duplicidade que Veronica trouxe a série, lembrando bastante a forma como George R.R Martin, o escritor de Game of Thrones, trabalha os seus personagens cinzas (Nem bons, nem ruins). É uma verdadeira exposição da natureza humana em forma de ficção distópica. Afinal, quem é unidimensional o suficiente para pertencer a apenas uma facção?
Depois de tanto burburinho, Insurgente não fugiu de sua premissa, entregando uma sequência digna e concisa para o aclamado Divergente. Porém, contudo, todavia... Sim, este é um livro de mortes. (A própria autora tinha confirmado isso antes do lançamento. Assassina..) Pois é, minha gente, podem ir se preparando porque, como todos sabem, toda guerra tem suas vítimas e, com o maior clima sétimo-livro-de-HP e/ou terceiro-livro-de-The-Hunger-Games, Insurgente também partirá os corações de fãs, snif snif. Admito que eu não me emocionei muito; há um certo bloqueio dentro de mim com mortes em livros desse gênero... (Vai entender, mas eu costumo achar tudo rápido demais pra eu chorar) Mas pode ficar tranquilo! Nada disso impede Insurgente de ser um livro entupido de adrenalina e vibração, capaz de nos prender em sua história e nunca mais largar. Ah... E se você acha que a grande revelação ficará guardada só para o terceiro livro...
Prepare-se para a surpresa.
Estamos falando de um incrível, intenso, "MINHA-VIDA-É-UMA-MENTIRA!" cliffhanger.
E só para não perder o costume, deixa eu presentear vocês com o trailer legendado do livro (Alguém ai mais gritou "Isso é um livro ou um filme?")
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Há um fato que acredito que todos nós, como fãs da série Divergent, sabíamos que aconteceria nesse livro - O começo da revolução. Não é à toa que o próprio termo insurgente, para os que não sabem, significa "uma pessoa que se insurge ou insurgiu. Um rebelde insubordinado a um sistema", referência clara a personagem de Tris (Ou melhor, a todos os personagens divergentes da trama - Tobias, Uriah, etc). Mas para isso, Veronica precisava terminar de amarrar o universo da trama, o que fez de boa parte desta sequência uma volta as apresentações mais detalhadas das facções, neste caso, voltadas mais para a pacífica Amizade (Amity) e a rígida Franqueza (Candor). Acredito que muita gente pararia agora de ler e perguntaria - "Espera, então quer dizer que o livro desacelerou o ritmo? Poxa! Mas e o tal do clima de revolta? EU QUERO VER SANGUE!" - e eu, bem, eu teria que devolver um - "Sim, ela deu uma singela diminuída na velocidade, mas foi um artifício necessário." Acredite se quiser, mas Roth conseguiu inserir as duas facções dentro da guerra de uma forma inteligente e cheia de twists, deixando Insurgente mais alucinante e entupido de momentos OMG! do que sua predecessor.
Em um primeiro momento, temos uma Tris fragilizada, incapaz até de pegar em uma arma sem pensar em Will. Cristina não consegue nem olhar para sua cara e Tobias sente que a nossa querida protagonista parece estar fora do alcance, perdida dentro de seus próprios demônios. Só que dentro da Amizade, Tris descobrirá que existe um segredo, uma verdade selada e desconhecida por toda as cinco facções... E apenas Marcus Eaton, o nada-confiável líder de Abnegação e pai de Tobias (Se é que podemos dar para ele o mérito disso...) tem uma ideia de como desvendá-lo. Isso é, se é que se pode confiar em seus intuitos... E é bem aqui que eu abro um parênteses interessante sobre o livro: Dessa vez, conhecemos com muito mais propriedade os líderes das facções; o próprio Marcus Eaton, a doce representante da Amizade Johanna Reyes (A facção é comandada por uma democracia igualitária. As dimensões políticas de Divergente são fascinantes!) e o justo, porém ácido Jack Kang (De longe o meu preferido. A filosofia Candor me atinge de uma forma que eu não consigo nem explicar.). E claro, Jeanine Matthews ganha ainda mais destaque, sendo uma presença constante (e muito bem-vinda) no livro. Neste ponto, taxá-la de vilã seria uma ofensa a duplicidade que Veronica trouxe a série, lembrando bastante a forma como George R.R Martin, o escritor de Game of Thrones, trabalha os seus personagens cinzas (Nem bons, nem ruins). É uma verdadeira exposição da natureza humana em forma de ficção distópica. Afinal, quem é unidimensional o suficiente para pertencer a apenas uma facção?
Depois de tanto burburinho, Insurgente não fugiu de sua premissa, entregando uma sequência digna e concisa para o aclamado Divergente. Porém, contudo, todavia... Sim, este é um livro de mortes. (A própria autora tinha confirmado isso antes do lançamento. Assassina..) Pois é, minha gente, podem ir se preparando porque, como todos sabem, toda guerra tem suas vítimas e, com o maior clima sétimo-livro-de-HP e/ou terceiro-livro-de-The-Hunger-Games, Insurgente também partirá os corações de fãs, snif snif. Admito que eu não me emocionei muito; há um certo bloqueio dentro de mim com mortes em livros desse gênero... (Vai entender, mas eu costumo achar tudo rápido demais pra eu chorar) Mas pode ficar tranquilo! Nada disso impede Insurgente de ser um livro entupido de adrenalina e vibração, capaz de nos prender em sua história e nunca mais largar. Ah... E se você acha que a grande revelação ficará guardada só para o terceiro livro...
Prepare-se para a surpresa.
Estamos falando de um incrível, intenso, "MINHA-VIDA-É-UMA-MENTIRA!" cliffhanger.
E só para não perder o costume, deixa eu presentear vocês com o trailer legendado do livro (Alguém ai mais gritou "Isso é um livro ou um filme?")
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