O Pequeno Príncipe – Antonie De Saint-Exupéry, por Julio.

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Fonte: Sucatas

Eu nunca sei como começar um texto, é sério. É estranho isso... Como se soubéssemos onde queremos chegar, mas não o ponto de partida para tal coisa. Sabem?! Como vocês podem notar, hoje estou meio filosófico – ou não. É o seguinte, sexta (14/12) eu faço aniversário (Sintam a minha indireta, absorvam ela de forma plena). Hoje minha irmã me deu o melhor presente da minha vida: um livro. Mas não, não é um livro qualquer. É o clássico “O Pequeno Príncipe”, de Antonie De Saint-Exupéry (alguém consegue pronunciar esse sobrenome? Por que eu não consigo).



Fonte: Meu blog
Eu nunca tinha lido esse livro, admito. E isso me dá uma tremenda vergonha, porquê o livro é LINDO! Eu ACABEI de ler ele, e tô em êxtase, sabe? Muitas teorias na cabeça, eu sinto cada neurônio brigando por um espaço! Eles falam, falam e falam! Eu vou surtar antes de terminar esse texto, sério.
Então, o que há de tão mágico nesse livro? Muitos falam, mas não sei se todos entendem. Já me disseram que ele nada mais é que uma coletânea de frases marcantes e uma história bonitinha. Mas não. Não é assim que funciona.

Esse livro é uma crítica e a história é dramática. Quase chorei lendo algumas partes, pois é. A viagem interespacial que o jovem príncipe faz mostra-nos os diferentes tipos de pessoas que existem, e como todas elas podem ser absurdamente iguais em suas limitações, nas suas manias de egocentrismo, de dominação e poder. O ser humano não se contenta com o que ele é, ele precisa ter. Precisa dominar, controlar, para então ser. O personagem passa por cada fase e dela vê como podemos ser teimosos em nossos pontos de vista. Observamos como todos nós temos a tendência de perder a nossa inocência, a nossa curiosidade por tudo, a visão ingênua e incrivelmente inteligente que tínhamos aos nossos seis, sete anos de idade. Aprendemos com a história do Príncipe a deixar nossos egos de lado, matar os nossos anseios, medos, nossas conquistas, e avançarmos para o interior, o invisível, para que possamos então “viajar”. 
Fonte: Nostalgic and Pathetic
O livro é também cheio de mensagens um tanto quanto místicas, em minha opinião. Aparecem simbolismos para questões existenciais que rondam a humanidade, e mesmo a questão do sacrifício é apresentada no livro. Lemos experiências parecidas com viagens astrais, assim como teorias para mundos paralelos, e uma síntese muito bacana sobre a morte e a reencarnação. É como ler Allan Kardec para crianças, sério! (PS: nunca li Allan Kardec, me julguem). Toda essa parafernália acaba por ser contrária ao ceticismo que é criado pelos adultos. Mais uma crítica do autor aí.

 Vemos que o essencial é visível apenas para o coração, e que as coisas só se tornam únicas quando as tornamos únicas. Ele demonstra tristeza a cada viagem, por que vê que em algum momento acabou se deixar levar por sentimentos um tanto quanto mundanos, e isso o levou a abandonar o que realmente o fazia feliz. A tal viagem levou a um aprendizado que devíamos todos carregar em nossas almas.  Devemos todos aprender com o príncipe, que deixa o seu próprio mistério no livro. Lemos ele e uma porção de perguntas afeta nossa mente: “de onde veio o Príncipe, seria ele um enviado?”, “Afinal o que aconteceu com ele?”, etc.

Eu acho que seria isso – a história não é longa, e uma opinião muito grande acabaria por dar spoilers. Espero que todos vocês tenham um dia a oportunidade de ler essa magnífica história e se maravilhar com o que uma simples criança de outro mundo pode nos proporcionar. 




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