Um Gato de Rua Chamado Bob - James Bowen, por Trinta.

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Não chorei com Marley & Eu, nunca fui de ficar vendo vídeos de gatinhos no Youtube e detestava filme de animais superdotados na Sessão da Tarde. Por motivos como esses, Um Gato de Rua Chamado Bob nunca teria sido um livro que eu compraria à primeira vista. Mas o destino prega suas peças e eu acabei dando uma chance pro dito cujo, sabe como é, por pura experimentação. E não é que a história de James e o seu amiguinho laranja tem o seu "quêzinho" de fofura?



Um Gato de Rua Chamado Bob é uma obra autobiográfica que narra a vida de James Bowen, um ex-viciado em drogas que sobrevivia fazendo apresentações musicais nas ruas de Londres. Até que um dia James encontra um gatinho laranja na porta do seu prédio, e por mais que James sentisse que não estava no melhor momento para se responsabilizar por nada além de si mesmo, o música acaba se apegando ao pequeno Bob. Aos poucos, James começa a levar o novo parceiro para o seu lugar de trabalho (uma estação de metrô), e enquanto James toca suas músicas em busca de alguns trocados, Bob está lá para lhe fazer companhia... Um Gato de Rua Chamado Bob é um livro caloroso, como um convite para um passeio no parque em um domingo ensolarado.

É, eu sei, estamos falando sobre um livro de um músico de rua que foi "salvo" por um gato e isso pode parecer bem, bem meloso (e não se engane, é muito!). Mas eu devo dizer que o livro tem um charme que me atingiu em cheio, e de uma certa forma, fez crescer dentro de mim uma vontade arrebatadora de ter um gato olhudo para me encarar com cara de "Cadê o meu Whiskas?". Acho que o fator "baseado em fatos reais" (que normalmente mais me desestimula que outra coisa), atingiu o alvo, neste caso em especial: Passei a seguir o twitter #streetcatbob só para ver se James e o seu gato Bob eram reais e, sinceramente, essa parece mesmo ser uma genuína história de amor.

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 Eu acredito que o relacionamento entre James e Bob pode sim ser um bom exemplo de como a companhia de um animal consegue ser benéfica quando passamos por sérios problemas pessoais e, porque não, quando esse problema é uma dependência química. Achei o desenvolvimento de James no livro bem compreensível, apesar das habilidades limitadas de escrita do rapaz, e, admito, torci em alguns momentos em que imaginei que teríamos uma grande tragédia a caminho (e, alerta de spoiler, graças a deus não tem não).

Porém, sejamos sinceros, o livro não é nenhuma obra-prima. É gostoso de ler, leve, sem grandes neuras, mas ponto. Como boa parte dos livros com uma pegada de auto-ajuda, Um Gato de Rua Chamado Bob busca passar uma mensagem emocionante através de uma história de superação improvável e, claro, para algumas pessoas, isso funciona. Eu, como já disse, não costumo me encaixar nesse grupo, mas talvez eu esteja passando por um momento de sensibilidade aflorada (quem já dedicou seis meses da sua vida para uma monografia me entende nesse momento) que me fez apreciar o livro com mais carinho.

De qualquer forma, cá estou eu, seguindo o @streetcatbob e curtindo fotos como essa:

Ain, que fofo. :3

Vai me dizer que não é uma fofura? 

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