Jogos Dignos de Um Livro: "Rule of Rose", por Natan.

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Dando continuidade à série Jogos dignos de um livro, hoje eu trago aqui pra vocês um thriller meio survival horror (eu, particularmente, não vi muito horror na história, foi mais suspense, mas né, as pessoas consideram) com uma história muito, eu disse muito bizarra, recheada de mistérios, confusão, crueldade e muita polêmica. Um jogo não tão conhecido, altamente censurado e massacrado pela crítica chamado Rule of Rose.



Rule of Rose, “a regra da rosa” em inglês, se passa na Inglaterra de 1930 e conta a história de Jennifer, uma garota de 19 anos que busca se recordar de seu passado e que, para isso, volta ao orfanato Rose Garden  a fim de encontrar respostas. O jogo se inicia com Jennifer viajando em um trem, até que um garoto com o rosto escondido entrega a ela um livro chamado “A Pequena Princesa” e pede que ela o leia. Ao abrir o livro, Jennifer percebe que ele está praticamente em branco. O garoto se afasta, o trem para, ele desce e Jennifer o segue. No meio do caminho, Jennifer encontra (num celeiro) uma coleira de cachorro (Brown, personagem importante durante a história). Jennifer, seguindo o garoto misterioso, acaba chegando ao orfanato Rose Garden e é lá que toda a merda acontece. A instituição é governada pela Aristocracia do Giz Vermelho, uma entidade formada por cinco garotas, cada uma ocupando um cargo de nobreza.


Conforme a busca de Jennifer por respostas prossegue, as princesas, como são denominadas as aristocratas, meio que escravizam Jennifer e passam a tratá-la de forma extremamente cruel e humilhante (vale lembrar que estamos falando de um orfanato, logo são meninas, crianças, tendo a mais velha não mais do que, sei lá, 16 anos). Jennifer, que é uma COMPLETA imbecil, songa monga, submissa, inútil, se vê totalmente subordinada a essa Aristocracia, tendo que, todo mês, oferecer um presente a esta, o que também faz a história desenrolar. Jennifer conta com a ajuda do cachorro Brown para cumprir seus objetivos e o game apresenta dois finais: um “bom” e um ruim.

A história é bastante obscura, então não dá pra explicar muito bem sem dar spoilers. O jogo em si já é um tanto literário, porque quase todos os eventos que são explicados aparecem escritos na tela como se fossem excertos de um livro. Se transformássemos isso tudo em um livro, teríamos um thriller bastante polêmico e que, provavelmente, sofreria censura por abordar temas muito delicados (violência contra animais, perversidade, assassinato, abuso sexual, comportamento sociopata, homossexualidade [sic], bullying e por aí vai) sendo protagonizados por crianças. Stephen King ou Edgar Allan Poe provavelmente seriam meus indicados pra transformar Rule of Rose num must read da literatura de terror, se é que eles se arriscariam a se envolver numa trama polêmica assim

.Deixo abaixo a introdução do game, que, provavelmente, não vai fazer nenhum sentido pra vocês, mas que permite sentir o clima tenso que o jogo carrega consigo.


E eu vou ficando por aqui, seus lindos. Volto ainda esse mês, prometo. Pra quem se interessar, Rule of Rose está disponível apenas para PlayStation 2 e, embora o trailer esteja em japonês, existe também uma versão totalmente traduzida para o inglês. Sugiro que joguem de madrugada, de preferência sozinhos e com volume razoável. Boa sorte.
                                                                                         Beijo procês e até breve!


Desculpinha.
Uma rosinha pra você... Oops!



gifssolheimr
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