Como vão vocês? Bem, né? Certeza. Também estou bem. Poderia estar melhor, mas to cansado. Semana já começou começando, e a semana passada também não foi nada fácil. Mas né, com o tempo tudo melhora (assim esperamos).
Domingo não houve Paralela Mente porque minha agenda está concorridíssima (só que ao contrário). Muitos compromissos acumulados e um final de semana que, olha, poderia não ter existido. Mas estoy aqui pra tirar o atraso (ui) e hoje tem Dica do Natan pra vocês, galero.
Não sei se isso existe em todos os cursos superiores (creio que sim), mas em Letras pelo menos existe e eu particularmente acho um saco, um saco bem cheio e ruim de carregar, tipo uma mala sem alça e sem rodinha. Enfim. Chama-se leitura obrigatória. Sabem, né? Aqueles livros, textos, artigos e quaisquer outras coisas que você tem que ler ou ler, seja lá pra qual finalidade for, quer você queira ou não? Então. Neste semestre em que eu, ilustríssimo, me encontro, uma das leituras obrigatórias do período foi um livro de muuuitos anos atrás, 1965, de um autor português chamado Vergílio Ferreira (considerado um dos maiores autores portugueses, ein?). O livro se chama Alegria Breve.
Leitura obrigatória geralmente é aquela que você faz sem muita vontade ou interesse, né? Foi assim que comecei a ler esse livro, mas depois que eu comecei a pegar o ritmo da coisa, o que é meio difícil, o negócio começou a ficar um pouco mais atraente.
O interessante da história é que ela segue aquele esquema do fluxo de consciência, que eu comentei no meu post de apresentação. Não há uma ordem cronológica de fatos: tudo se passa de acordo com o pensamento do narrador, que é o protagonista da história, Jaime. Então às vezes ele está no presente, mas surge um pensamento que interrompe o que ele está falando e vai lá no passado. Ou, ainda, num parágrafo ele está no passado e no próximo ele começa a refletir sobre alguma coisa que não tem nada a ver com nada, ou que acontece no presente, apesar de que, no presente, não resta nada além d'ele sozinho na aldeia. Ou, ainda, não se sabe se o que ele está pensando realmente aconteceu ou se foi só coisa da cabeça dele... Sabem? Esse tipo de coisa. É uma leitura um pouco difícil, exige atenção e tal, mas não é impossível, não.
A narrativa gira em torno do protagonista, Jaime, que mora em uma aldeia. Essa aldeia já foi povoada, um dia, no presente da diegese (vixe, gastei!) ele é o último morador de lá. E a coisa se baseia bem nisso. Pra quem curte essa parada de Existencialismo, é uma ótima pedida. Ele está sozinho nessa aldeia e o romance mostra as reflexões dele em relação ao que a aldeia era antes e ao que ela passou a ser após a instalação de uma mina de exploração por lá. Parece bobo e monótono, mas não é. Dentro da cabeça dele se passam muitas “sub-histórias” bastante interessantes, envolvendo traição, morte, intrigas e outras palavras-chave de novela mexicana.
O livro é bem antigo, como eu disse, e a única versão disponível em português brasileiro, se eu não estou muito enganado, é da Editora Verbo (e a capa não é essa da imagem acima). O exemplar que eu tenho veio da Estante Virtual. Então, se quiser ler algo diferente, que faz bastante reflexões sobre essa alegria breve que é a vida, leia esse livro. E depois me contem o final, porque eu não cheguei lá e nem vou chegar. Vocês sabem, né? A vida tá corrida.
Beijo, gente. Até domingo!
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