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É... |
Depois de ler e escrever a resenha do bíblico Olho do Mundo, cá estou eu para falar sobre outro titã literário: Sob a Redoma. E por incrível que pareça, Estefano Rei, também conhecido como "O Senhor dos Finais Cagados", conseguiu me manter empolgado até a última das quase MIL PÁGINAS (por que eu faço isso comigo mesmo?).
Para aqueles que despacharam as malas para o voo errado, Sob a Redoma é um romance de um dos escritores mais ativos da atualidade, Stephen King (sério, esse homem já publicou e vendeu tanto livro que se ele não estiver milionário, não sei mais no que acreditar). Foi publicado em 2009 mas a produção dele começou nos longínquos anos 70. Entretanto, só escreveu menos de 80 páginas nessa época e não conseguiu passar daí. Como não sabia o que fazer, o projeto acabou indo pro congelador e só sendo lançado mais de 30 anos depois.
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Springfield que se cuide. |
Esse livro é mais um objeto de entretenimento que tenta mostrar como a sociedade reage a uma situação de crise extrema, mas numa escala menor e mais controlável do que um apocalipse global. Nesse pequeno ambiente, o autor cria intrigas políticas coerentes, guerras de poder e consegue desenvolver muito bem cada aspecto da loucura crescente do grupo de habitantes dentro da redoma.
Vale dizer que essa história poderia virar uma novela da Globo sem problema nenhum. São tantos os personagens ativos da trama que você, querido leitor, querida leitora, vai se perder. Felizmente, sr. King colocou nas primeiras páginas do livro um pequeno guia de personalidades importantes da cidade, para ajudar a manter o leitor na trilha certa, sabendo quem é quem.
E não é só isso. O livro é todo dividido em partes pequenas. Ele possui capítulos (enormes...) como qualquer outro livro, mas esses capítulos são aglomerados de blocos de texto que por vezes não duram nem uma página. Isso é ótimo pro leitor casa-trabalho (como eu).
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Tampando o bolinho. |
Eu não quero e nem vou falar mais nada porque tudo que eu disser será um spoiler. Uma coisa que eu gostei desse livro é que ele possui twists o tempo todo. E todos eles são memoráveis. E o escritor não tem pena dos personagens e nem do meio ambiente. O importante é manter as curvas da trama o mais emocionantes possíveis (George R. R. Martin aprova).
Enfim, história envolvente, personagens carismáticos, (apesar de muitos, você consegue gostar de pelo menos algum aspecto de cada um deles), situações familiares mas bem orquestradas e muita política (mas não se engane, isso não é The West Wing). Só não tem a vaca cortada do seriado, só uma marmota (risos).
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Desculpas pra quem queria ler a vaca sendo cortada. |
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