As Crônicas de Nárnia - C.S. Lewis, por Julio.

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Capa do volume único // fonte
Amigos, creio que todos já ouviram falar de Nárnia, não? Aquele país mágico em outro mundo, onde os seres mitológicos e animais falantes vivem suas vidas normalmente (exceto quando alguma ou outra guerra e problema surge). Mas, me diga, se eu lhe dar um anel, ou um guarda-roupa, um quadro, e dizer-te que ele é um portal para Nárnia, o que você faria? Devo avisar que um chamado para Nárnia é raro e especial, você só é convidado a entrar uma vez que o país necessita de suas habilidades e de sua ajuda. Então, aceitaria o meu chamado? Pegue seus anéis, abra seu guarda-roupa, fixe o olhar no quadro, e vamos partir para a aventura de C.S. Lewis!
As Crônicas de Nárnia compõem uma saga de sete livros, sendo estes, na ordem cronológica da série:

  
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O Sobrinho do Mago conta a história de Polly e do garoto Digory (sendo este o próprio sobrinho do tal mago) e sua primeira viagem para outros mundos. Aqui, Aslam canta e Nárnia é criada, com animais falantes e deuses-rio, assim como diversas criaturas mitológicas. Mas a chegada dos chamados Filhos de Adão faz brotar também a semente do mal no país. Descobrimos um pouco da história de Jadis, a Feiticeira Branca, vilã do próximo volume, "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa".
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Nesse segundo volume(que é o primeiro na ordem de publicação), acompanhamos a história de Lúcia, Pedro, Edmundo e Susana, quatro crianças inglesas que descobrem um portal para Nárnia em seu guarda-roupa. Na época de sua chegada, o inverno era eterno devido à terrível Feiticeira Branca - que governava com país com mão de ferro (ou seria mão de gelo? hehe [piada sem graça, me condenem]). Uma profecia diz que a chegada dos quatro filhos de Adão iria pôr um fim ao longo reinado de Jadis. Aqui temos também uma participação significativa de Aslam (coisa que se repete pelos próximos livros). É um dos meus favoritos.
 
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Após a história dos quatro irmãos, partimos para O Cavalo e Seu Menino, que se passa na Era de Ouro, quando as quatro crianças inglesas eram grandes Reis e Rainhas. Somos levados a conhecer Shasta, um menino da Calormânia, grande país ao sul de Nárnia. Shasta e o cavalo falante Bri estão fugindo para Nárnia("para o Norte! Para Nárnia!" costuma gritar Bri). Conhecem então Aravis e a égua falante Huin, que fogem para o mesmo destino. No entanto, a viagem se torna mais perigosa do que imaginavam quando acabaram por virarem parte dos problemas de "relações exteriores" entre Nárnia e Calormânia, assim como a própria Arquelândia entra na história de forma surpreendente.

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Muitos anos se passaram desde a Era de Ouro de Nárnia, e o Príncipe Caspian vive uma época difícil. O menino é obrigado a fugir do castelo e se vê perdido nos confins de Nárnia, lá para os lados do antigo Cair Pavarel, e, nas mais remotas florestas, descobre que os seres de outrora não são lendas - mas ainda vivem escondidos entre as árvores e montanhas. Como isso irá implicar na nova política do Reino? Junto de Pedro, Lúcia, Edmundo e Susana, eles enfrentam uma batalha contra as forças do novo rei, que querem dizimar a população narniana.

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Na história de A Viagem do Peregrino da Alvorada apenas Lúcia, Edmundo, e seu primo Eustáquio voltam a Nárnia. Quando chegam no mundo, se veem em um grande navio - o Peregrino da Alvorada, comandado pelo seu amigo e novo Rei de Nárnia, Caspian. Aqui somos levados em diversas aventuras pelo Mar Oriental, onde nenhum navegador jamais ousou explorar. Caspian quer saber o que houve com os antigos companheiros de seu pai, dos quais navegaram às ordens do reino para essas bandas. Nesse volume, monstros e diversos lugares fantásticos (como sempre é de se esperar) aguardam a trupe (nos vemos na Sessão da Tarde. #partiu #globo).
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N'A Cadeira de Prata (meu favorito, sem mais) Eustáquio está agora acompanhado de Jill e ambos tem a missão de acharem o príncipe Rilian, filho do Rei Caspian (agora um velho gagá, o tempo em Nárnia é uma doideira), que está desaparecido há anos. Juntos de Brejeiro (um paulama, tipo um homem-sapo) eles saem pelas terra do Norte, onde acham gigantes e um mundo subterrâneo cheio de surpresas! (Sério, eu tenho que parar de assistir televisão).

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A Última Batalha conta a história da última aventura do último rei de Nárnia, Tirian. O clima é melodramático e caótico, e as coisas parecem ir de mal a pior sempre. É aqui que todos os personagens do nosso mundo se encontram mais uma vez em Nárnia. É lindo, com uma poesia e simplicidade magnífica, assim como um final digno.

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Tãn tãn tã! Afinal, quais são as sensações de ler As Crônicas de Nárnia, ó, Todo-Poderoso e Sábio Julio? 

Não se preocupem com as grutas da dúvida, minhas crianças, pois a Minha Luz é a Verdade e a Verdade é para todos. Mas só pra quem se converter e Me louvar, quem não o fizer vai queimar. 

Estranharam esse momento Divindade? Pois é, eu também estranhei essa coisa religiosa quando li Nárnia. Como assim? Religião? Nárnia? O que uma coisa em a ver com a outra? Ora, meus caros amigos, tudo a ver! As Crônicas de Nárnia foram escritas por um cara conhecido pela sua devoção à Igreja Católica, e também alguns bônus, como machismo e racismo. Querem saber mais? Venham comigo! 

As Crônicas de Nárnia são um conjunto de livros que, nas entrelinhas, diz isso: "Olá meu amigo? Já leu a bíblia hoje? Não. *enfia a bíblia na sua garganta*"

É sério, o livro é uma tentativa de conversão religiosa. N'O Cavalo e Seu Menino, por exemplo, temos a clássica história de Moisés - e nesse mesmo livro vemos como o pessoal da Calormânia é "escuro", e, também, o pessoal da Calormânia é do mal, e presta culto a um falso deus que, segundo lendas, come homens. Sim, canibalismo mesmo. Nhac! O autor incita ao leitor (imagine você uma criança influenciável lendo isso) a não gostar daquele povo, que é muito parecido com as culturas árabes (principalmente na forma de se vestir).

O Apocalipse está presente, o Gênesis também. Aslam é o Grande Leão, Rei de Todos os Reis, o Verdadeiro Salvador de Nárnia. Isso não soa familiar para você? Ah, sabe a história de Adão e Eva? Ela também está presente lá, com a maçã e tudo. Também há casos de machismo, quando vemos que, em algumas partes da narrativa, o autor trata as mulheres de uma forma mais fraca e passiva - fazendo-as parecer fantoches ou vilãs. Há o céu o o inferno, todos os principais núcleos bíblicos estão presentes no livro.

Quer dizer, então, que As Crônicas de Nárnia não são uma boa leitura? É claro que são uma boa leitura! A fantasia está lá, as aventuras, a narrativa de fácil absorção e o mistério, tudo está presente. A poesia e complexidade (apresentada de forma simples) da história é ótima para qualquer idade. Se você não gosta (assim como eu) de tentativas de conversão religiosa, apenas ignore essa parte da leitura e keep calm! Leiam Nárnia, se permitam entrar em seus guarda-roupas (para as pessoas que já tentaram [assim como eu], saibam que precisa ser um guarda-roupa especial, mas isso vocês notam no livro!), conhecerem o Ermo do Lampião, Cair Pavarel, o Dique dos Castores, a Calormânia e Arquelândia, as Ilhas Solitárias e o próprio País de Aslam! Se permitam aventurar-se! Para o Norte! Para Nárnia! 

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