Eu ainda não acredito que demorei quase um ano para fazer um post com Meg Cabot no meio. Sinceramente, eu sinto como se tivesse traído o movimento Cabotiano, porque metade da minha estante é composta por essa mulher e eu não tenho vergonha disso (ok, tenho um pouquinho... Mas dá pra relevar). Para vocês terem uma ideia, o primeiro romance teen que li foi O Diário da Princesa aos 13 anos e, pode ser idiota, mas... Eu acho que eu descobri minha sexualidade por causa dele, HAHA. A Meg tem essa mágica de parecer a sua melhor amiga - daquelas super engraçadas que te fazem rir pelo nariz - e isto é consideravelmente bizarro de se entender quando você lê a abinha do livro e vê que... Ela é uma mulher de quarenta e tantos anos. A verdade é que a maioria das pessoas que pegam um livro da Cabot na pré-adolescência acabam marcadas por algum de seus livros, porque ela parece NUNCA ter perdido a juventude. Ela simplesmente te entende. Então eu acho que vale a pena começar esta minha saga Cabot aqui no Escolhendo Livros com a minha coleção preferida da Meg: A eternamente fofa série A Mediadora!
Então, você gosta de protagonistas badass? Pois Suzannah é uma forte candidata ao posto de Xena, a princesa guerreira do submundo. Forte e imbatível, Suzannah desde pequena tem a habilidade de ver fantasmas e ajudá-los a ir para o outro lado - mesmo que isso às vezes implique em chutar umas ~bundas fantasmagóricas~ no meio do caminho. O livro começa com Suzie se mudando para Califórnia com sua mãe para a casa de seu novo padrasto, Andy, e dos seus três novos "irmãos", Soneca (O mais velho, que sempre está com cara de sono), Dunga (O do meio, mais idiota que uma porta) e Mestre (O caçula, doce e inteligente). Só que sua nova moradia guarda um segredo - Exatamente no novo quarto de Suzannah, um fantasma latino do séc.XIX vive às sombras de seu passado - O belo e muy caliente Jesse de Silva. Além disso, Suzie descobre que estranhos fatos tem acontecido no colégio da cidade e tudo indica que o fantasma de uma líder de torcida está por trás disto. Como se ela não precisasse de mais bizarrice em sua vida...
Apesar da trama simples e talvez não-tão original, Meg Cabot consegue montar sua história daquele jeitinho certo para um livro adolescente - Com a narrativa forte e concisa da protagonista. Suzannah passa longe da personagem principal padrão, sendo arrogante, decidida, MUITO engraçada (Algo que provavelmente é um dos maiores acertos de Cabot diante a maioria de seus livros) e interessante. A forma como conseguimos nos envolver com as tentativas de Suzannah em lidar com a ideia de ter um fantasma bonitão em seu quarto é tamanha que passamos boa parte do livro nos perguntando como seria estar nesta situação. Sem contar que o romance de Meg passa longe da melosidade, sempre aparecendo nas horas certas. Não se engane - Boa parte do livro, Suzie está se preocupando mais com as histerias de Heather - a líder de torcida psicótica que quer matar o ex-namorado - e tentando "salvar o mundo", cof cof, do que chorando de amores por Jesse.
Provavelmente a ação do livro deixa a desejar para os marinheiros de primeira viagem. O caso de Heather pode ser irritante em alguns momentos e, se vocês querem saber a minha opinião, chega a ser mais uma "história de segundo plano" do que outra coisa. Como eu já li todos os seis livros da coleção, tenho plena noção de que este é o segundo mais fraco de todos, o que eu acho ótimo. Honestamente, a história vai se tornando densa ao passar dos livros e os mistérios de como Jesse foi parar naquela casa vão lentamente desenrolando... E como é melhor a qualidade melhorar do que piorar, não ligo tanto se o começo das coisas não for tudo isto. Então, eu deixo aqui uma salvaguarda para quem possa ter ficado decepcionado com este debut - Não desista ainda! A partir do terceiro livro, a coisa SÓ melhora, a ponto de você perder o fôlego lendo.
As shippers de plantão tem um prato cheio neste livro - Entre "mi hermosa" aqui e "Oh Suzanna, não chore por mim~" (sabe a musiquinha country antiga? Pois é, o Jesse canta isto pra Suzie. É uma gracinha... Admito.), o livro é um romance adorável e cheio de "fofísses", tudo isto com muita naturalidade. A simplicidade da relação entre os dois personagens é puro açúcar (Com um pouquinho de pimenta ardente, haha!), então tenha plena noção de que A Mediadora, apesar da carga sobrenatural e de ação, é um livro bem específico para o seu nicho. Um nicho que a Meg sabe muito como funciona.
Em breve, continuo a saga de Suzie aqui no Escolhendo Livros com a sequência "O Arcano Nove". Me aguardem!
P.S: Vou deixar de presente para vocês um video muito delícia da Meg Cabot na Bienal do Livro de 2009 em São Paulo. Infelizmente está sem legendas, mas quem puder ver, não perca tempo. Adorável é pouco para essa mulher!
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